Em junho, o dataTaxi, metodologia de pesquisa da agência nova/sb, saiu novamente às ruas na cidade de São Paulo. Desta vez, as fake news e o WhatsApp foram o assunto da pesquisa, que mostrou que as pessoas hoje estão mais atentas com relação a notícias falsas que circulam no aplicativo. Apesar de mais desconfiadas, não sentem responsabilidade pelo que compartilham e raramente checam as informações. E, quando isso acontece, a mídia tradicional e os programas jornalísticos são apontados como fontes confiáveis.
Iniciativa inovadora da nova/sb, o dataTaxi é uma metodologia proprietária que transforma uma simples corrida de táxi em ferramenta de pesquisa, uma forma de monitorar o que está na boca das pessoas. Um motorista treinado dirige um táxi que circula pela cidade, captando o que mobiliza a atenção dos cidadãos e identificando tendências. Os passageiros que concordam em participar da pesquisa – que é filmada e gravada – não pagam pela corrida.
Tema da vez, o WhatsApp está totalmente incorporado na rotina do brasileiro, tendo papel relevante na vida familiar, social e profissional. Tornou-se um novo ambiente de conversa. Os usuários reconhecem que o WhatsApp é uma rede fértil para disseminação de notícias falsas, uma vez que se beneficia de características como multiplicação em larga escala, velocidade de propagação da informação e falta de controle da origem da postagem.
Por mais espertos que estejam, os usuários confessam dificuldade de distinguir uma notícia verdadeira de uma falsa. Demonstram um “pé atrás” com qualquer novidade, particularmente de natureza política, tema que desperta desconfiança e incredulidade. “A força do dataTaxi é a predisposição de as pessoas falarem livremente o que pensam, em um ambiente verdadeiro. A pesquisa surpreendeu. Ninguém é mais bobo. As pessoas sabem como recorrer a fontes de credibilidade, como a grande mídia”, explica Bob Vieira da Costa, presidente da nova/sb.
Nesta onda, o táxi circulou em diversas regiões da cidade entre os dias 11 e 21 do mês passado, transportando 30 passageiros entrevistados sobre os temas WhatsApp e fake news. O levantamento foi complementado pelo Pulso, pesquisas qualitativas semanais da nova/sb, realizadas com homens e mulheres, de 19 a 55 anos, da classe C.